Casamento

Meu Aniversário de Casamento

Por 4 de julho de 2011 Sem comentários

Eu e o Eliel fazemos 41 anos de casados no dia 11 de julho. Dia do aniversário dele. Mais 4 de namoro, somam quarenta e cinco anos de convivência…Quando viajo para palestras, fóruns ou congressos, tenho muito prazer em voltar para casa. E percebo que o Eliel, quando estou presente, nem gosta de sair…Bom sinal! Há um mês, saímos de férias por duas semanas e ficamos 24 horas juntos…Juntos mesmo! E mais uma vez confirmou que gostamos da companhia um do outro. Bem, foi sempre assim? É a pergunta que me muitos me fazem.

Respondo: “Não!” E qual é o segredo? É a pergunta em seguida. “Não tem segredo”. Respondo. O que tem é o trabalho de investir no relacionamento entre duas pessoas com muitas diferenças e muitas semelhanças.

Nunca brigamos por causa de pontualidade. Somos iguais. Não gostamos de chegar atrasados. Somos comedidos com os gastos. Só compramos se temos o dinheiro. Detestamos dívidas. No que for possível não pagamos juros. Somos caseiros. Não gostamos de varar madrugadas acordados. O carro para nos é apenas um meio de transporte.

Ah, mas tem diferenças! E que diferenças! Eu amo comer, ele só come o necessário para viver. Amo tomar banho de manhã, ele ainda insiste em tomar banho a noite. Sou impulsiva, ele totalmente reflexivo. Decido ontem, e ele? Decide para depois de amanhã. Sou rápida ele paciente. Faço muitas coisas ao mesmo tempo; ele faz bem e detalhadamente poucas.

Viram? Houve um tempo em que víamos diferenças como defeitos e cobrávamos a mudança do outro:

Brigamos, nos ofendemos, nos perdoamos.
Choramos, nos arrependemos.
Começamos de novo. Falhamos.
Recomeçamos. Desanimamos.
Desisti. Ele não.
Ele não quis mais. Eu insisti.
Rasgamos o velho contrato.
Refizemos em cima das reconstruções.
Eu já não era a mesma. Ele era outro; com mais tato.
Era uma nova criação, saindo de velhas relações.
Casamento diferente. Um novo retrato.
Posso ir, mas escolho voltar.
Deixo livre.Ele me reencontra;
Antes da saudade chegar.
Enraivecemos. Voltamos a amar.
Tristezas chegam no olhar!
Mas logo, posso gargalhar.
Quantos orgasmos, da vida, gozar!
Sentir cada flor, cada pesar
Com os cinco sentidos, amar!
Celebrar e festejar.
Cada dia que juntos vamos ficar!

Bom, quero continuar cavando cada vez mais fundo o mistério inexplicável, da relação conjugal duradoura.

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