Amizades

Todas as Mães. Todos os Dias!

Por 7 de maio de 2011 5 Comments

Não gosto muito de dias específicos. Reconheço que é uma forma de fazer com que determinadas classes, raças ou pessoas ganhem um lugar nos corações e no mundo. Mas no caso do dia das mães o que virou mesmo foi um baita “comércio”. Mas mesmo assim, nesta semana não pude deixar de pensar em cada situação onde uma mãe pode ser encontrada.

Quero louvar antes de tudo minha mãe. Uma adolescente que com apenas 16 anos, me gerou e me deu à luz. E carrego muitas qualidades positivas que herdei dela.

Quero louvar também as mães dos meus netos. Cassia, Carla e Betania, que cuidam das preciosidades que me dão tanto amor e alegria.

E agora quero louvar as mães que: · na ausência e muitas vezes negligência dos pais, assumem o cuidado, a educação e o sustento dos filhos, fazendo as funções do homem sem deixar de lado a função maternal.

Quero louvar aquelas mulheres que: se dispuseram a cuidar e amaternar o filho de outra, que não geraram, mas os assume como se fossem seus. E aquela criança passa a fazer parte do seu próprio ser.

Quero agradecer: · aquelas que engravidaram e levaram a gestação até o fim, entregando os para a adoção. Carregaram em seus ventres, bebês, com os quais não conviveriam e delegaram para outra mulher todo o cuidado materno.

Quero chorar com aquelas que: ·

  • engravidaram, mas o feto não evoluiu e naturalmente deixou o conforto do útero antes mesmo de ter todas suas células desenvolvidas. A frustração de não ter nada, onde deveria ter um bebê, se transforma numa tristeza horrorosa que ninguém entende. Só quem já passou por esta situação sabe da verdade dolorida.
  • engravidaram e por uma razão ou outra tiveram que interromper a gestação. Muitas destas carregam dentro de si a dor de não se perdoar e se castigam tentando aliviar a dor da culpa. · Perderam seus filhos precocemente. Essa é uma dor inexplicável. Mãe não foi feita para ver um filho morrer. Sofrimento sem igual.
  • perderam seus filhos de forma trágica. Muitas vezes violentados. Mãe que perde um filho, pela morte, carrega dentro de si um vazio para o resto da vida
  • seus filhos desapareceram misteriosamente. Nunca mais deram notícias. Estas, em geral, experimentam agonia da não despedida e o desespero da esperança que se frustra a cada dia que passa e o filho, ou filha, não aparece.

Quero me alegrar com todas aquelas que: geraram, amaternaram e criaram, se dedicando de corpo e alma para a formação de um filho ou filha, até se tornar adulto.

Que o Deus Todo Poderoso possa derramar no coração das que sofrem, consolo; das que lutam, entusiasmo e ânimo; das que fraquejam, amor e amparo; das que erram, perdão e acolhimento; e para todas Sua graça e sabedoria. Todos os dias.

5 Comments

  • Ana Lilian Bono Grillo disse:

    Agradeço a Deus e a vc todos os esforços feitos p chegar onde chegou. Sem vc como terapeuta não sei como estaria.

  • Elça Martins Clemente disse:

    Querida e preciosa Esther:

    Que texto brilhante, humano, feminino! Vai lá no fundo da alma!
    Fiquei emocionada com sua sensibilidade! É muito grata a Deus, mais uma vez, por sua vida tão preciosa, que sempre tem uma palavra de encorajamento, de compaixão, que reflete o amor maior de nosso bondoso Deus e Pai.

    Um feliz e abençoado Dia das Mães!
    Bjs com muito carinho e admiração!

  • Genuina Paiva disse:

    Querida! A emoção e o encantamento com a sua msg no texto acima, me permitem, sem constrangimento algum, fazer minhas as palavras da Elça.(Obrigada amiga! por definir de uma maneira tão simples e completa o meu pensamento a respeito do que escreveu Esther!)

    Com muito carinho e gratidão a Deus por suas vidas, (Elça e Esther) um bjo gde no coração das 2!!!

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